sexta-feira, 1 de março de 2013

Tatuagemulher-borboleta

D’outro mundo de florestas fugidia
Na macia pele da mulher repousa
Uma azul borboleta que antes cedia
Seus sonhos ao vento, a qualquer cousa.

Asas de belbellita moradia
Fez na epiderme d’outra Mariposa
Que carece de asas mas sua cria
Agora de sua derme fugir não ousa.

Ó, borboleta! Os predadores teus
Já não mais são os gordos anuros
Mas são os apreensivos olhares meus

Que te devoram até nos escuros
Guetos onde outras mulheres de Deus
se escondem, curvas, atrás dos muros.

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