segunda-feira, 24 de novembro de 2014




Quero lhes indicar uma excelente gramática para estudantes do ensino médio e aos que direcionam seus estudos para concursos públicos:

Gramática Escolar da Língua Portuguesa, 2ª edição, editora Nova Fronteira, de autoria do renomado Evanildo Bechara.

Bons estudos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014




Em nome de todos os brasileiros, em especial dos poetas brasileiros, me solidarizo com os sentimentos de pêsames pela perda que sofremos no dia 13 de novembro de 2014:o poeta brasileiro Manoel de Barros abotoou os botões, alçando voou à eternidade. 
Certa vez, num instante seu de boa reflexão, matutou: 

“Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia”.


quarta-feira, 5 de novembro de 2014




                                                              Bom dia a um estranho

                Os homens, somos por natureza introvertidos, em menor ou maior grau. Ser introvertido não é de todo nocivo para a alma, ao contrário, faz-nos mais pensadores, aguça nosso senso crítico e nos aquietamos a falar apenas o necessário para não se correr o risco de engolir mosquito, porquanto “boca fechada não entra mosquito”. Mas não é de todo custoso libertar-se dessa introversão para retribuir ao estranho que, inesperadamente, o saudou com um bom-dia.
               O fato é que o bom-dia da pessoa desconhecida, estranha portanto, nos causa estranheza. Como se houvesse algo de errado ou inverídico em sua saudação, como se houvesse algo suspeito no ar, alguma intenção de querer buscar algo de nós como, por exemplo, subtrair um bem material nosso. Lamentável e equivocada a suspeição. Dar bom-dia a um estranho ou retribuir-lhe o seu bom-dia é atitude humana, ética. É de todo salutar.
                Se dentro do elevador sequer uma pessoa não retribui o bom-dia de quem nele acaba de entrar, é porque falta confiança, amor ao próximo, mas não se pode admitir que não houve a saudação recíproca apenas porque as pessoas são introvertidas, ou porque guardam em seus corações uma tristeza profunda a ponto de ignorar qualquer saudação, inclusive o bom-dia do estranho, do desconhecido.
         Urge que reavaliemos o caso. Saudar o desconhecido é instaurar, inconscientemente, uma relação de proximidade com o ser humano, transformando, desse modo, o estranho em um conhecido. Desta natural aproximação para o começo de uma nova amizade é um pulo.

terça-feira, 30 de setembro de 2014






Gramática!

Dizem que ela existe pra te ajudar
Dizem que ela existe pra te proteger
Eu sei que ela pode te assustar
Eu sei que ela pode te conter

Gramática! Para quem precisa!
Gramática! Para quem precisa de Gramática!
Gramática! Para quem precisa!
Gramática! Para quem precisa de Gramática!

Dizem pra você obedecê-la
Dizem pra você respeitá-la


Gramática! Para quem precisa!
Gramática! Para quem precisa de Gramática!


Gramática, quem precisa? Concursandos, vestibulandos e quem mais?
Gramática quem não precisa respirar? Os mortais?



quinta-feira, 18 de setembro de 2014







Casos especiais de uso facultativo da vírgula 

Desde pequenos, ouvimos o professor nos alertando: Pessoal, não separamos o sujeito do verbo!.
Exemplo: João comprou pão. (certo). 
                 João, comprou pão. (errado).

Mas há casos em que podemos separar ou não o sujeito do seu verbo mediante o uso da vírgula. 

1) Sujeito muito extenso, formado por vários núcleos:

Exemplo: O professor Anastácio da Silveira que usa óculos de aro de metal e terno azul escuro, entregou as provas a seus alunos

Sujeito:  O professor Anastácio da Silveira que usa óculos de aro de metal e terno azul escuro...
Verbo: entregou...

Núcleos do sujeito:  professor Anastácio óculos terno...

Porém, na oração O professor Anastácio entregou as provas a seus alunos, não se admite a vírgula, pois o sujeito não é extenso, ou seja, há apenas um núcleo do sujeito que é professor.


2) Sujeitos diferentes. 

Na oração João comprou pão e Maria o acompanhou até a padaria, podemos usar ou não a vírgula depois de pão, antes da conjunção e, pois há sujeitos diferentes (João e Maria).

Exemplo: João comprou pão, e Maria o acompanhou até a padaria. (com vírgula opcional).

Duas orações, dois sujeitos diferentes, vírgula facultativa, opcional.



Sujeito e vocativo 

Por que na frase João, compre pão, ocorre a vírgula, mas na frase João compra pão não ocorre vírgula? Simples: porque o sentido das duas orações são diferentes entre si. Na primeira, João não é sujeito, mas sim vocativo, pois observe que há uma ordem dada a João, para que ele compre pão. Na segunda, João é o próprio sujeito que pratica a ação de comprar. 

Outro exemplo de distinção entre sujeito e vocativo:

Maria, faça silêncio! (Maria é vocativo, ou seja, alguém pede a ela que faça silêncio).
Maria faz silêncio. (Maria é sujeito que pratica a ação de ficar em silêncio).

sexta-feira, 12 de setembro de 2014




                                           
Ouve-se por aí que a redação é o bicho-papão dos vestibulares e concursos. Se isso é verdade, então é prudente pôr em prática as orientações que lhes passarei a seguir para que esse bicho-papão seja vencido. Vamos a elas:

1) LEIA, LEIA E LEIA. Romances de sua preferência. Porém não adianta ler um Dostoiévski se você não consegue passar nem da primeira página porque não se identifica com o estilo de escrever do escritor ou mesmo com o enredo da história do livro. Indico os romances de Machado de Assis, os de Guimarães Rosa, pois eles são constantemente cobrados nas questões de língua portuguesa em concursos e vestibulares. Leia também jornais e revistas, pois uma hora e outra artigos destes dois periódicos são também utilizados em concursos e vestibulares.

2) ESCREVA. É imprescindível que você pegue uma papel e escreva tudo o que vier saindo de sua mente. Um turbilhão de palavras sairão de sua cabeça, desconexas, desordenadas, sem coerência, sem clareza. Mas o objetivo deste exercício não é construir frases ordenadas, coerentes e claras. Não. O objetivo é fazer com que você se livre do medo, da insegurança de iniciar a escrever a sua redação. Não se acanhe em escrever inclusive palavras indesejadas, porque deverá ser registrada cada uma delas que são jorradas de sua mente. Ao final, no instante que quiser finalizar este exercício, fique à vontade de, caso queira, descartar ou rasgar o papel. Ou, se preferir, você poderá guardá-lo em seu arquivo pessoal.

3) ESCREVA AGORA UMA REDAÇÃO PRA VALER. Mas uma redação atenta às normas gramaticais, prezando pela coerência, coesão, e, principalmente, pela clareza. Ou seja, use a linguagem culta. Escreva claro! Evite palavras de efeito, por exemplo: em vez de usar "O prestigitador tornou a sua genitora invisível", escreva "O mágico desapareceu com sua mãe". Lembre-se: escrever difícil é fácil. Escrever fácil pode ser difícil.

4) NÃO USE GÍRIAS em textos dissertativos, argumentativos, como "tipo", "véi", "da hora", a não ser em falas de personagens que devem ser registradas com aspas, itálico ou após travessões, e que são utilizadas mais em crônicas e romances.

5) SE FOR ESCREVER UMA CRÔNICA, IMAGINE UM ACONTECIMENTO DE SUA VIDA. Férias numa cidade de praia, numa fazenda; passeio ao zoológico, ao shopping; uma caminhada ou corrida no parque. A crônica narra vivências, fatos corriqueiros da nossa vida. Você deve pôr no papel cenários, descrever as pessoas (personagens), dar nomes a elas, como são elas (magras, altas, fortes, brancas, negras, ruivas, que tipos de roupas usam?), ou seja, detalhar suas características, pois o leitor precisa ler as características de cada elemento integrante da crônica para que ele possa montar todo o seu cenário.

6) AO INICIAR A REDAÇÃO, USE FRASES CURTAS para que o leitor possa melhor assimilar as ideias inicialmente apresentadas pelo autor. A essas frases iniciais, chamamos de tópico frasal que nada mais é do que o tema da redação.

7) NÃO FUJA DO TEMA PROPOSTO. Muitos candidatos começam bem uma redação, escrevem conforme as normas gramaticais, com excelente pontuação, concordância, mas tropeçam no tópico frasal. Por exemplo, se o tema proposto é "paz no trânsito", deixe bem claro logo no início que o tema que você irá desenvolver tratará de "trânsito". 

8) PRATIQUE CALIGRAFIA. Se achar que sua letra não seja suficientemente legível, que apenas você e seus familiares e amigo mais próximos conseguem entender ela, então pratique caligrafia. Isso mesmo! Compre um caderno de caligrafia e pratique todos os dias. As bancas examinadoras de provas de concursos e vestibulares, sem exceção, não perderão tempo em decifrar as palavras que elas julgarem ilegíveis no texto e, portanto, eliminarão a redação. Conheci pessoas que fizeram uma excelente redação, conteúdo e forma impecáveis, mas que pecaram por escrever palavras ilegíveis que prejudicaram a clareza do texto.

9) LEIA MANUAIS DE REDAÇÃO. Eles são práticos e usam uma linguagem mais simples de entender. Além deles, indico o livro considerado o "papa" do manual completo de redação: o "Comunicação em prosa moderna - aprenda a escrever aprendendo a pensar", de Othon Moacir Garcia.

10) PENSE! Pensar é planejar, é prever o que você escreverá. Pensando, você será capaz de concatenar as ideias, os cenários, os argumentos, antes de escrever a primeira palavra no papel. Pensando, você fará um texto com início, desenvolvimento e conclusão com coerência, coesão e clareza. Pensando, você ficará mais seguro de si mesmo, adquirindo a confiança necessária para elaborar uma boa redação.

Bons estudos e boa sorte!


quinta-feira, 11 de setembro de 2014




                                                            Concordância nominal:













OBRIGADO ou OBRIGADA?

Trata-se de adjetivo, equivalendo a AGRADECIDO(A), GRATO(A), e concordará com o nome ao qual se refere na frase.
Portanto, por analogia, teremos sempre:

Mulher agradecendo: obrigada! (Ou seja agradecida, grata por isso).
Homem agradecendo: obrigado! (ou seja, agradecido, grato por isso).

------------------------------------------------------------------------------------------











ANEXO(A) ou EM ANEXO

São adjetivos e equivalem a  INCLUSO e concordará com o nome ao qual se refere na frase.

Exemplos:  1) Encaminho o documento anexo. 2) Encaminho a carta anexa.

"Em anexo" é invariável, isto é, nunca varia, nunca muda. Equivale a "...que segue em anexo).
Então, não existe o feminino "Em anexa(s)", nem o plural "Em anexos(as)".

Exemplos de uso correto: 1) Envio o(s) documento(s) em anexo 2) Envio a(s) carta(s) em anexo.