sexta-feira, 1 de março de 2013

Lá vem o carnaval



Lá vem o carnaval, com cheiro e sabor de arte
Lá já vem a baiana rodando, rodando a saia
Que a passarela é dela, do mestre-sala
Da mulher bela que porta o estandarte
Do homem compositor do bom verso
De passista que faz do chão seu universo.

Lá vem o carnaval!
A velha guarda, branca e azul
Diz que o rio que passou na vida de Paulinho
Vai fazer rio de lágrima de Norte a Sul
A velha que guarda rosa e verde em seu lar
Diz que tem menina na alma e quer sambar

Lá vem o carnaval...
Que Dodô e Osmar quer trioeletrizar seu povo
Que, de Olinda, o boneco quer pulsar de novo
O seu frenético frevo nos quadris dos foliões

Lá vem o carnaval...
Que essa gente que pulula, que apita, que grita,
Que veste máscaras e a utopia imita
É gente que bebe poesia e nem se dá conta.
Faz como o Pessoa e, de seus heterônimos,
De fantasias, finge tão completamente
Que chega a fingir que é alegria
A alegria que deveras sente.

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