Por detrás do teto escuro eu ouço
Vozes, lamentos, o fino uivo d’um cão...
E nas agruras deste calabouço
Sofro dentro deste vil caixão.
Por detrás do teto escuro um moço
Que lento balbucia: “Meu Pai, perdão!”
Chega a estalar-me o osso
Essa moça voz deste anfitrião
Por detrás do teto escuto o Terço,
Pai-Nossos, Credos... sou bem quisto.
E meu corpo duro como gesso...
Novamente a voz, e não resisto:
“Quem és tu?, pois já padeço.”
E a rouca voz: Filho, sou Jesus Cristo!
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