Ai que saudade que tenho da aurora dos bons filmes,
da cinemateca querida, que os anos não fazem mais.
Que elenco, que glamour, que valores!
Naqueles cines de luxo, ia-se ver John Wayne,
Grace Kelly, Bete Davis e o Sinatra a cantar.
Como eram belos os dias
Da produção do cinema!
Respirava da alma, a essência,
a bela atriz, o bom ator:
Omar Sharif de olhar sereno
interpretando Doutor Jivago
e o Carlitos de Charles Chaplin, sorrindo,
ao triste “Garoto” oferecendo afago.
Naqueles tempos de glória,
Ia-se ver faroeste:
a trilogia de Leone nos acalenta a memória,
Kirk Douglas como Ulisses em Odisseia,
enraizando amor e ódio à sua fiel plateia.
Ah, naqueles tempos de glória...
O cinema explodia em produções geniais.
Hoje é dilema com efeitos especiais,
explodindo em luzes só, sem poesia, sem história.
Ai, que saudade que tenho da aurora dos bons filmes,
onde se adormecia cantando
e se despertava a cantar.
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