sexta-feira, 1 de março de 2013

(Paródia ao poema “Meus oito anos” de Casimiro de Abreu)




Ai que saudade que tenho da aurora dos bons filmes,
da cinemateca querida, que os anos não fazem mais.
Que elenco, que glamour, que valores!
Naqueles cines de luxo, ia-se ver John Wayne,
Grace Kelly, Bete Davis e o Sinatra a cantar.

Como eram belos os dias
Da produção do cinema!
Respirava da alma, a essência,
a bela atriz, o bom ator:
Omar Sharif de olhar sereno
interpretando Doutor Jivago
e o Carlitos de Charles Chaplin, sorrindo,
ao triste “Garoto” oferecendo afago.

Naqueles tempos de glória,
Ia-se ver faroeste:
a trilogia de Leone nos acalenta a memória,
Kirk Douglas como Ulisses em Odisseia,
enraizando amor e ódio à sua fiel plateia.

Ah, naqueles tempos de glória...
O cinema explodia em produções geniais.
Hoje é dilema com efeitos especiais,
explodindo em luzes só, sem poesia, sem história.

Ai, que saudade que tenho da aurora dos bons filmes,
onde se adormecia cantando
e se despertava a cantar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário