quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O dialeto é nosso!

Certa vez, um editor português pediu a Raquel de Queiroz autorização para praticar alterações em seus livros a fim de aproximar-lhes o estilo ao do português de Portugal. Então a escritora cearense saiu-se com esta: “Acontece, entretanto, meu caro amigo, que esse caçanje, que esses pronomes mal postos, que essa língua que lhes revolta o ouvido, é a nossa língua, e o nosso modo normal de expressão, e - ouso dizer - a nossa língua literária e artística. Já não temos outra e, voltar ao modelo inflexível da fala de Portugal, seria para nós, a essa altura, uma contrafação impossível e ridícula”.

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