quinta-feira, 18 de setembro de 2014







Casos especiais de uso facultativo da vírgula 

Desde pequenos, ouvimos o professor nos alertando: Pessoal, não separamos o sujeito do verbo!.
Exemplo: João comprou pão. (certo). 
                 João, comprou pão. (errado).

Mas há casos em que podemos separar ou não o sujeito do seu verbo mediante o uso da vírgula. 

1) Sujeito muito extenso, formado por vários núcleos:

Exemplo: O professor Anastácio da Silveira que usa óculos de aro de metal e terno azul escuro, entregou as provas a seus alunos

Sujeito:  O professor Anastácio da Silveira que usa óculos de aro de metal e terno azul escuro...
Verbo: entregou...

Núcleos do sujeito:  professor Anastácio óculos terno...

Porém, na oração O professor Anastácio entregou as provas a seus alunos, não se admite a vírgula, pois o sujeito não é extenso, ou seja, há apenas um núcleo do sujeito que é professor.


2) Sujeitos diferentes. 

Na oração João comprou pão e Maria o acompanhou até a padaria, podemos usar ou não a vírgula depois de pão, antes da conjunção e, pois há sujeitos diferentes (João e Maria).

Exemplo: João comprou pão, e Maria o acompanhou até a padaria. (com vírgula opcional).

Duas orações, dois sujeitos diferentes, vírgula facultativa, opcional.



Sujeito e vocativo 

Por que na frase João, compre pão, ocorre a vírgula, mas na frase João compra pão não ocorre vírgula? Simples: porque o sentido das duas orações são diferentes entre si. Na primeira, João não é sujeito, mas sim vocativo, pois observe que há uma ordem dada a João, para que ele compre pão. Na segunda, João é o próprio sujeito que pratica a ação de comprar. 

Outro exemplo de distinção entre sujeito e vocativo:

Maria, faça silêncio! (Maria é vocativo, ou seja, alguém pede a ela que faça silêncio).
Maria faz silêncio. (Maria é sujeito que pratica a ação de ficar em silêncio).

Nenhum comentário:

Postar um comentário